São estranhas ilusões
As conclusões do amor.
Não tem sabor,
Mas o fustigo é dor no peito.
É tão estreito,
Sozinho... devagar...
Não tenho medo.
Tenho sim medo do teu olhar.
Mar para divagar,
Mergulhar e não morrer.
És uma perdição errante,
Sentimento de amor.
Dúvida constante.
Afinal onde está o meu amante?
Eterno em olhar,
Cantar, dançar...
Em casa um marido para agradar,
Um amigo para conversar;
Companheiro para arriscar...
Um homem com quem caminhar,
Um sorriso para saborear...
Uma mão para dar
E atravessar sem medo a vida concedida.
Sonho, mágoa, naufrágio.
O teu sorriso é mágico;
Sussurra-me,
Sopra-me luz!...
Lídia de Sousa 24-05-2004