Escrevo poemas
de dor, amarga,
palpitante, profunda,
para permanecer
alerta, atento e avisado,
de que a paixão confunde
e o amor baralha, de que
o que temos hoje
são consequências do passado.
Escrevo poemas
de paixão, violentos,
duros, intransigentes
para que te sintam
como eu te sinto...
para que te lembrem
como eu te lembro,
dor, sorrisos e lágrimas
que não quero esquecer.
Escrevo poemas
de amor, caducos,
velhos e bolorentos,
para que fiques
gravada na memória
das palavras, que escrevi...
para que fiques
eterna, enquanto durar
o verbo.
Escrevo poemas
de felicidade e contentamento,
para que no fim,
a verdade transpareça
e que apesar de tudo,
aquilo que para mim
faz sentido, sejas
sempre
tu...!