Não sei o que é poesia,
Apenas a imensa colcha de retalhos,
Em um emaranhado pulsante de sentimentos,
Pessoas e rostos,
Cujo laço crio, outros desfio,
Umas linhas de tecido mais fortes,
Em outras mais delicadas,
Fios finos e fios grossos,
Por entre eles alguns remendos,
Em outros lindos bordados,
A cada novo laço,
Um novo começo,
Diariamente a trabalhar,
Desejando não desatar nenhum dos fios,
Prender cada retalho,
Misturar esses sentimentos,
Preservar cada novo e antigo momento,
Amigos,
Ricos bordados, ou em fios gastos,
Cheios de carinho,
Lembranças que tanto estimo.
Ao querido poeta.
Colcha de retalhos
Data de publicação:
Quarta-feira, 22 Março, 2006 - 15:04
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Comentários
sonhos1803
Teu texto sinuoso
Está cheio
De sentimentos escondidos
De tempos, de imensidão
De delicados invisíveis fios
De velhos conhecidos fios
A construir mitigadores
Para os Seres de solidão.