São tuas mãos que anseio
passear sobre esta casca morta
sem ferir tua carne frágil
como navalha em carne viva
Sei que posso dissolver-me
no torpor dos teus lábios
no calor de teus abraços
mesmo em baixo do nefário sol solitário
Não quero perfurar-te
com minha pele de espinhos
mas tu já sabes como banhar o teu deserto
nas águas doces de meu âmago
que vai...
calando,
selando
teu corpo quente.