Ai, que minhas vestes
pudessem ser raízes
não mais estaria sem chão
no abstrato labirinto
que cedo me partiu
Ai, que de suas letras
viessem sons
essa ternura que se finda
na imaginação
e se torna parede de todos
os sentidos
No matutino do imaginar
até na madrugada do dormir
tristezas, lástimas e felicidades
se vociferam
A ciência alheia
é quintal cativo
em que eu posso
alastrar minhas sementes.