Segue teu caminho, feito em cinzas, dor e angustias...
Pois sofro agora, por algo sem sentido...
Peito aberto, dilacerado, rasgado pelas cruéis garras do amor...
Sangue pálido, suave veneno, a vida extingue-se, cessa, acaba...
Pudera, arrancado de meu peito aberto fora, coração maldito, teimoso..
Entregaste o que tens de mais sagrado, mais caro, mais simples...
Presenteou-a, ingrata, cruel, foste tu, amada...
Apossou-se, invadiu, entrou em meu peito...
Ocupou os espaços, enchera de luz e esperança a minha calejada vida...
E agora, abandona-me, larga-me aos prantos, sem recanto ou refúgio...
Sem porto seguro, sem vida...
Por que me tomaste tão caro coração?
Por que tomara de mim meus sonhos?
Por que roubara de mim a minha alma?
Por que sumiste com nosso futuro?
Porque roubou minha vida, se a entreguei a ti com tanta dedicação...
Meu coração já era teu, mas mesmo assim, o tomou e sumiu...
Hoje me encontro em paz comigo mesmo...
Pois tenho a certeza de que entreguei a ti, meu amor...
As minhas mais belas riquezas, entreguei a ti os meus mais caros sentimentos...
Meus mais lindos sonhos, assim foste tu, és tu e sempre serás tu...
AMOR DE MUTANTE
Data de publicação:
Quinta-feira, 16 Março, 2006 - 10:06
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