Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICASA DA SAUDADE – Meu Vício é Você.

O que você pensaria se depois de quase três anos, o seu telefone tocasse num sábado às oito horas da manhã e a voz do outro lado da linha dissesse: “... Só liguei para dizer que eu te amo.” E com aquela voz quente que você lembra tão nitidamente continuasse repetindo: “Eu te amo”.
Acho que como eu você tomaria aquele baita susto. Ficaria muda por um tempo, enquanto tenta se recompor. Depois, ensaiaria alguma coisa meio disfarçada, para dizer, perguntando: - Ah! Alô! Como vai você? Que bom te ouvir. Quanto tempo! Está tudo bem?
Mas a pessoa do outro lado, com aquela voz de travesseiro, que você gostaria de escutar toda noite no seu ouvido responde displicentemente as perguntas que você fez, e que você mesma já nem sabe quais foram, e ele repete: “... Eu só liguei para dizer que eu ainda te amo muito”.
Você fica sem saber o que fazer. Toda atrapalhada, pergunta pelo trabalho dele, filhos e até pelo atual casamento, mas, chega a um ponto da conversa que só te resta dizer a verdade. – “Eu também continuo te amando”.
Ai que raiva! Isto foi coação psicológica. O pior é que você realmente disse a verdade. Mas, a dúvida gigantesca mora do outro lado da linha. Todas as palavras ditas nas juras de amor - da voz de travesseiro, não te trazem certeza alguma. Ainda bem que ele está do outro lado da linha, a quilômetros, porque se não, você já era – lençol e fronha.
Você fica envergonhada pela fraqueza, pela parte que você não consegue controlar. Você devia era ter batido com o telefone no nariz dele, ou melhor, no ouvido. Mas como se privar da voz, da descarga elétrica que ela provoca em seu corpo? Como poderia?
Você é como um alcoólatra em recuperação, já superou a fase da abstenção, mas sabe que não há cura, qualquer pequeno gole te faz querer mais e mais. Aliás, devem existir doze passos para esta loucura que é a dependência do amor.
Temos que aprender tal qual dependentes químicos, porque o amor também é química e física e aerodinâmica. Foco! Vamos voltar ao ponto.
Devemos aprender a dar um passo de cada vez, ação e reação proporcional ao amor recebido. Aprender a dizer: ... “Só por hoje.” Só por hoje eu consegui ficar longe de você. Somente por mais um dia eu vou atender ao telefone, ouvir sua voz de travesseiro falar todas as mentiras e aprender a dizer um eu também te amo sem verdade. Eu te amo, mas não quero você na minha vida. Só por hoje.

Rosamares da Maia – 17. 11. 2014.

Foto de Diario de uma bruxa

Frase

Nem sempre temos todas as respostas que precisamos. Algumas ficam em suspenso...

Deby N. M.

Foto de Diario de uma bruxa

Desculpas, sempre as mesmas

Não se preocupe em
arrumar desculpas,
sei que não se lembra.
Vai dizer que tudo deu errado.
Que precisou, que ouve uma
urgência.
Mas são sempre as mesmas desculpas
e dessas eu já estou cheia.
Então diga a verdade!
Diga que não se lembra.

Deby N. M.

Foto de Diario de uma bruxa

Loucura

Loucura é querer ser normal sem saber como é ser. !!!!

Deby N. M.

Foto de Carmen Lúcia

Bailarinas

Leves, tão leves, mais leves que a própria leveza,
comparadas a uma linha tênue, sutil,
levadas por um sopro, aragem febril,
girando sempre, eternamente, sem partir,
sem ferir,sem dissuadir, sem iludir,
sem realmente ir...
Asas invisíveis, voos indescritíveis,
provam a si mesmas
a não gravitação entre Terra e céu,
entre corpo e alma,
entre céu e léu,
entre tudo e céu...
mundo a parte que reparte
enlevo,entrega,beleza, o surreal...
Pisam sem pisar, lançam de mansinho
sentimentos a fluírem em suave virada,
chuva de prata, tamanha é a força da arte
que dança, alcança o tudo e o nada
povoando o vácuo com a postura
de quem sabe, quem inspira, quem lidera,
quem ganha altura,
quem espera o momento exato de descer
e tristemente encarar a vida
a girar sem rodopios,
a contundir a essência
da coreografia –ironia –
maculando as rimas, os versos
a sonoridade da melodia,
a poesia nascida das bailarinas.

_Carmen Lúcia_

Foto de Sirlei Passolongo

Eu quero Deus amanhecendo em mim.

Eu quero Deus amanhecendo em mim.

Eu quero Deus amanhecendo em minha vida
diante dos meus olhos,
no meu coração...
No solo que meus pés tocarem.
Em minha’lma
e espirito.

Feito esse sol necessário às flores, ao trigo.
Necessário às marés,
às aves,
aos canaviais...
Esse sol
cuja saudade se espreita,
após longos dias de chuva.

Eu quero Deus amanhecendo em minha vida
Transformando as noites
em meras centelhas que antecedem as manhãs
Iluminando todo meu jardim
-As flores mais preciosas-
Minha família e meus amigos...

Eu quero Deus amanhecendo em mim.

_Sirlei L. Passolongo _

Inspirado em AMANHECER COM DEUS
de WESLEY SIMÕES

Foto de Sirlei Passolongo

Silêncio

Quando me vens em silêncio
o verso malogra
dentro de mim...

No teu silêncio,
a alma
regurgita tantos ais
que posso
ouvi-los
aqui.

_Sirlei L. Passolongo_

Foto de Valeria Sampaio

Nem os sonhos são meus

Não vim para destruir
Ou acabar com nada
Infelizmente minhas escolhas
Podem influenciar como não
Naquilo que outras pessoas desejam
Ou realmente querem.
Nem os sonhos são meus
Quando não são sonhados
Igualmente,
Em sincronismo.

Foto de Carmen Lúcia

Escrevo?

Escrevo...
a folha em branco me impele
provoca-me
convoca-me
remexe meus neurônios
os sentimentos à flor da pele
quer que me revele
que me rebele
trace recônditos da alma
a ansiedade que me transtorna
o momento em que me encontro.
Palavras se difundem
confundem as emoções
debatem-se em confronto
emudecem as razões.

Escrevo...
um emaranhado de letras
embargadas na mente,
de início, incoerentes,
mas que ganham sentido
de repente
à medida que descrevo
a verdade (in)contida
a palavra que não digo
o silêncio que consente
em calar o que sinto.

Escrevo...
no papel em branco
- meu cais-
onde aporto meu barco,
onde choro meus ais
onde volto e parto
e o branco do papel já não é mais
molhado e pardo
descreve a neblina
de pranto e de mágoa
expressa o que quero
o que grava a minha retina
mas que nunca revelo.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Unicidade

Creio em Deus trino
que me fez una...
Insubstituível.
Só um caminho me é admissível
além dos desvios que lançam aos desafios...
Sou como o rio
que serpenteia, contorna rochas,
permeia pedras e as pisoteia.
Não se desnorteia
para chegar ao seu destino.

Entre o sagrado e o profano
sou o meio termo...
Nem pura, nem mundana.
Sou humana.
Não vacilo...
No entrelaço das incertezas
fico com a óbvia certeza
de que o bem prevalece.
Procuro a isenção das ambigüidades
que confundem e roubam a tranqüilidade.
Caminhos confusos,
trilhados pela dualidade....

E nessa unicidade em que vagueio
passeio em cores e versos,
meu eu manifesto
ao colher de cada dia
a poesia
que me lapida em gestos de amor
em busca da beleza interior.

Carmen Lúcia

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