Qual espinho cravado em meu peito,
Carrego comigo esse sentimento.
Mesmo que eu consiga extraí-lo,
Ainda me ficaria a marca.
Não te amar, é impossível,
Mesmo sofrendo... mesmo assim,
Teimo em carregar esse espinho...
Teimo em não extraí-lo.
Não sei ao certo se não consigo,
Não posso ou não quero extraí-lo.
Mas sei... há como sei, a dor aguda,
Que cada momento ele me proporciona,
A cada lembrança uma fisgada maior,
A cada dia, hora, minuto, segundo...
Penetra, Fere, Magoa, e ainda assim,
Teimo em não extraí-lo.
Teimosia, inconsciência ou necessidade,
Sofro por que quero, por não entender,
Ou por ainda assim, achar que extraindo,
Tiro parte de mim, parte do meu ser.
Não sei se tento, já tentei ou finjo tentar,
Mas sei que não consegui, e a cada dia,
Penso que não conseguirei,
Ou não quero conseguir.
No fundo sonho com a possibilidade do amanhã,
Com o que o futuro tem pra me oferecer,
Com as forças que posso adquirir...
Sonho com nós, a cura da dor, com as cicatrizes...
Estou aqui, estarei aqui, e ainda que,
Como um espinho cravado no peito,
Esse sentimento também está e estará aqui.
A espera do futuro, do que ele nos irá oferecer.
Comentários
Autor
Eu achei esse poema muito interessante....inclusive tive o grande prazer de conhcer o autor. Certo dia, o mesmo me convidou para tomarmos um café, e discurtirmos sobre esse assunto.
Graciele/ §corp¥on®
Ah, poeta!
Você é um dos meus, sabe descrever muito bem os sintomas do amor. Sabe transcrever a pura e real seqüência do efeito de amar e não ser amado. Amar e talvez carregar no peito este sentimento no silêncio da sua alma. Perfeito! Parabéns!
Sou sua fã nº 01, declarada.
Beijos graciosos, da poetisa Anjo Azul!
-- Graciele Gessner --
p.s. http://www.poemas-de-amor.net/blogues/graciele_gessner
» Brilhante Mundo dos Escritos:
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Graciele Gessner.