Caminhei longos anos,
Busquei em muitos caminhos,
Em muitas pessoas,
Minha alma aflita.
A parte que faltava,
Que era a parte em que deveria estar,
Os bons pensamentos e sentimentos.
Nunca os encontrei.
Em todos os anos de minha vida,
Espírito inquieto e infeliz,
Apenas com a percepção,
De que tudo estava perdido.
E a vida seguiu rápido seu caminho,
Dias, meses e anos conturbados,
Indiferente a minha dor e sofrimento,
Indiferente e insana.
E busquei abrigo no calar, e escrever.
Para alguém, para ninguém,
Apenas para deixar seguir,
E não amargurar o coração.
E segui então por caminhos desconhecidos,
Caminhos que deixaram-me em novos horizontes,
Que ensinaram-me a enxergar novas cores,
Que trouxeram-me o castanho de teu olhar.
E percebi que não estou só,
Que não sou apenas um,
Que mais alguns acreditam que o amor existe,
E que vale a pena esperar.
E agora descobri,
Que recupero parte de minha alma aflita.