Na casa dos anjos ouvi falar de ti
Entre batidas de asas, maldições e curas;
Comentando a fina graça de teus passos
Teus pés a distrair à eternidade
Um após o outro, rebolado, chamado de loucuras
E o céu não é mais céu, é inferno
Anjos loucos, ridículos, apaixonados
Trocando Deus por poesias bobas
Rezando na esperança de teus braços.
Na casa dos demônios ouvi falar de ti
Entre fogo, enxofre e lágrimas
Comentando tua formosura renascentista
Teus seios fartos, (mais fogo, mais enxofre [dor])
Um ao lado do outro,
Teu olhar para frente; Desprezo pelo mundo.
E o inferno não é mais inferno, é céu
Demônios doces, amáveis ... Amando
Trocando satanás por fotos tuas
Queimando na esperança de teus olhares.
Na casa dos homens ouvi falar de ti
Entre tristezas, alegrias, inocências e pecados
Comentando o diabo angelical que é teu corpo
Beleza que faz parar a própria física da vida,
Você passa, olhamos, desejamos e tudo recomeça
E o mundo não é mais mundo, é céu e inferno
Homens verdadeiros, tolos, meninos
Trocando antigas crenças por palavras românticas
Sofrendo na esperança de teus beijos
Na casa da inexistência não ouvi o teu nome
Mas também não há mundo, céu ou inferno
Homens, anjos ou demônios
Sem você diabo angelical
Não se sofre por beijos, nem se queima por olhares
E onde estão as rezas por teus braços?
Enfim... Não há esperança!