Preencho o tempo com palavras
Loucas, avessas, travessas
Lindas, suaves, bem vindas
Palavras arredias... que me ferem fugir
E eu as persigo, ligo, digo
Digo...
Construo poesias, desfruto-as, absolvo-as ou as faço cativas
Palavras lascivas
(às vezes simplesmente as deixo flutuando dentro de minha cabeça)
Outras vezes não
Vou correndo escrevê-las
Para que as pessoas possam lê-las
E assim passo a vida entre elas
Por elas, para elas
E o silêncio?
O silêncio é apenas a suavidade da trégua
Da régua
... no medir do tempo