Hoje louco no que me era lógico
O amor!
Ao sentir a ausência do que nunca procurei
A sorte!
Perdido em pensamentos que se fazem físicos
O desejo!
Encontro a cura no que me seria insano
A morte!
Eu que viajo neste campo de lápides
Onde corações rachados cantam canções para os anjos
Que de sonetos tristes enlouqueceram
Já que a mentira sempre presente
Esconde o verdadeiro amor nas desconfianças.
Hoje racional no que me era loucura
O amor!
Ao sentir a presença do que sempre achei
A sorte!
Me encontrando carne que se faz pensamentos
O desejo!
Perco a doença no que me seria lógico
A morte!
É que uma vez no caixão darei risadas do mundo
E os corações farão de si, poeiras de saudades
Serei anjo também.
E o amor, a mentira e a desconfiança
Serão coisas de outros dias
E me restarão apenas os sonetos tristes.