Devolvo-te as rimas, os versos frementes
da poesia que retrata teu suposto amor,
devolvo-te os frêmitos, impactos ardentes
embalados e lacrados com a minha dor.
Devolvo-te os momentos, os melhores já vividos,
disfarçados num sorriso para não te constranger...
Neles me situo e ainda que fingidos
foram momentos que me ensinaram a viver.
Devolvo-te a alegria transformada em tristeza
que me movia ainda que o mundo não movesse
e me fazia crer que me falavas com franqueza.
Devolvo-te a vida: é como se eu morresse
e todo meu amor imbuído de verdade...
Fico com a lembrança e toda essa saudade.
_Carmen Lúcia_