É devagar que as ondas batiam na beira do cais.
É devagar que gaivotas e guarás
Voavam por sobre ilhas e manguezais,
E devagar atracavam os barcos coloniais.
E devagar eu caminhava de volta, pachorrento,
Para o fim de mais um dia lento.
E nesse tempo sem tempo contar,
Onde era possível até o vento escutar,
Eu vivi no infante alento da aurora garrida,
Da minha inocência querida,
Carregada pelos ventos da vida,
Que os tempos não trazem mais.
E devagar eu via as ondas batendo na beira do cais.
João F..R. 30/04/2012