Refração
Não me questione
Às vezes sou inteira
Às vezes fração... Refração!
E do branco
Vou do vermelho ao violeta
Aos solavancos...
Não brinque com minhas emoções
Pois sou poço de contusões
Cansada de embustes...
Avanço o passo
E simultaneamente me retraio
No meu olhar de soslaio
A névoa embaça a retina
Sou vilã... Sou vítima...
Sou aquela que sem tino
Joga com o destino...
Roleta russa dedilhando as noites
Embrenhando pela madrugada adentro
Embrulhando as manhãs
Desdobrada em tardes maçantes
E mesmo assim...
Quero outro sim... Recomeçar!
Não me entregar
E mesmo as cegas tentar...
A felicidade buscar
Carmem Cecilia
15/11/2011