Fragmento que compõe este coração
Embalsamando esta angustia irrelevante
Recordando aqueles velhos tempos
Naufragando nesse anseio infinito e vão
Angustiado na miséria quotidiana
Neuroticamente amando o desalmado
Desfalecendo esta paixão indesejada
Ao coração enfermo neste leito de morte.
Que essa angustia terna
Inferniza que a de mais belo
Estrangulando esse sórdido coração
Que arrependidamente desfruta da paixão.
Vendo este abismo de melancolia
O silencio neste peito adormecia
Acomodatício a palavra refletia
Suspirava versos de alegria
Em meios desta monotonia.
Desencantando o silencio ressurgia
Nesta alma desalmada
Muito fria integrada refloria
A angustia deste coração sumia
Na palavra desta que sorria
No pensamento daquele poeta que a tinha.