Autor: Emerson
Data: 21/04/06
Caio no profundo obscuro
Em que vejo findar o final
Lá tudo parece igual
Mas vejo que nada é normal
Há seca nos mares de mãos
Que, possivelmente, acalentariam-me
Tem somente do desprezo a escuridão
Que o isolamento a esperança causa medo
Vejo que não estou só, apesar da solidão
Os sentimentos me acompanharam
Desprezo e vergonha, minha ingratidão
Os seus olhos me miram, olhos de assombração
O que será que eu fiz, pra penar assim?
Será que a minha bondade me trouxe maldade?
Ou minha maldade me veio esta tarde?
Será o suplício das minhas ações?
Eu penarei pelos meus dias?
Ou vou perceber que é somente um sonho?
O assombro de um pesadelo real
Que me faz sofrer os calafrios na pele
Se é um sonho
Uma brincadeira de mau gosto
Da minha imaginação
Quero acordar e não voltar a dormir
Pra não correr o risco de sonhar
Mas se não é sonho
Quero mesmo assim acordar
Desse pesadelo real
Que a vida me prega
Como numa peça sem graça
De qualquer forma
Eu quero despertar!
Abrir os olhos da consciência inconsciente!
Nesse momento, nesse instante