Peço licença senhores, senhoras,
Para derramar o meu ser, o meu pensar.
Sou o som do silêncio,
Que te apavoras e conforta;
Sou a mais bela cachoeira...
O mais terrível corpo em decomposição;
Sou simplesmente, o que teus olhos querem ver.
Sou o mais doce...
O mais amargo sabor;
Sou simplesmente,
O que a tua língua quer provar
Sou louco, sou lúcido
Sou melancólico, sou júbilo
Sou realidade, sou falsidade
Sou pateta, sou poeta...
Aprendi a falar; desde então, quero declamar;
Aprendi a pensar; desde então, criticar;
Aprendi a caminhar; desde então, vivo correndo;
Aprendi a ouvir; desde então, vejo com outros olhos;
Aprendi a amar; desde então, a doar;
E nesta terra tudo que plantar há de crescer
Semearei o que eu hei de querer
E sinto satisfação... aflição...
Sou constante, sou inconstante
Sou contradição, sou convicção
Sou tudo, sou nada
Si rimo, alguns gostam
Si critico, alguns ignoram
Si nada faço, adoram!
Sou criança brincando de crescer
Sou poeta brincando com palavras
Sou louco brincando de ser e estar
Sou outrora, sou agora, sou vindouro
Ontem, eu era certeza
Hoje, eu sou duvida
Amanhã, serei nada?!
-`Lorde Ortenbla´-