O futuro não existe,
Se ficarmos marcando chão.
Entretanto, o povo permite
Em deixar escrito o verão
Nas praias de sol poente.
Mas, depois vem o lamento:
Não vive a emoção presente.
Há de ser o que será,
O longínquo futuro meu,
Fruto desses momentos,
Presentes que Deus me deu.
Da forma que aparece
Retiro da vida, a luz,
E crio o futuro-presente.
Assim, sem expectativa,
Pronta para ver o melhor,
Vou seguindo vida afora
Com alegria e bom humor.
Já que sou um ser eterno,
Se nada acontecer no verão,
Acontecerá no inverno.
Marilene Anacleto