ONZE HORAS II
As onze-horas retinhas,
De pétalas esfiapadas,
Parecem fadas dançantes
A farfalhar suas asas.
Bem cedo se põem a abrir,
A incendiar-se em rosa,
E estar prontas ao meio-dia
Para saudar o Rei sol.
E os seus adoradores
Recebem o aviso em toda parte,
Nas floreiras, nos jardins,
Nos caminhos, feito arte.
Já é quase meio dia,
Hora de saudar o Rei,
Que com sua força e magia
Traz o calor do nosso Deus.
Marilene Anacleto