O ser corrupto, abrupto pela maldade,
A sombria calada noite, o ser espreita,
Nas vielas, fumaça, desgraça bem feita,
A droga, maldita, dita forjada felicidade.
Mundo moribundo, corroído na cidade,
A vida ensina o que nada se aproveita:
A ira, a dor, a morte é o que se suspeita!
A voz atroz sucumbe à paz e liberdade.
Deforma a forma humana em vira-lata!
Tudo que na vida tem nela se consome,
Sempre mais um trago, um toco cata!
Corpo quase osso, desprovido da fome,
Pela quantidade da droga que o mata!
Pobre homem, nem mesmo sabe o nome.