Talvez você seja o início no fim das coisas,
a solução no incompreesível
ou o lógico do absurdo.
Pode ser a fome no meio da fartura,
o opaco misturado ao nítido,
a flor que surge entre as pedras.
Quem sabe o hediondo dentro da beleza,
o necessário de aparência frívola,
fruta venenosa suculenta e doce.
Ou mesmo a dor escondida no riso,
o claustro do meu universo,
o equilíbrio da minha embriaguez.
E quanto mais eu possa divagar
tanto menos posso lhe entender,
pois sei apenas que você é você.
04/11/99