Por algum tempo viveram
Como dois anjos abraçados
Sem lembrar as ocorrências
Que aconteceu no passado
Porém com o passar do tempo
As coisas foram mudando
A rosa então percebeu
A paixão ir se acabando
Aos poucos a pobre rosa
Sentindo-se desprezada
Foi desprendendo suas pétalas
Perdendo a vivacidade
Ele embora amando
Tudo fez pra maltratar
Grosseiramente dizia
Quem é você para me julgar?
Por acaso já esquecestes
Que chorando te encontrei
Fui eu quem te protegeu
Pois eu nunca esquecerei
Tentando sobreviver
Ela nada lhe respondia
Apenas guarda sua dor
Que não sei aonde escondia
A pobre rosa coitada
Levou sua vida inteira
Tentando agradecer
O amor que lhe fez cativa
Agora já envelhecida
Quase sem cor e sem vida
No meio das outras flores
Vive esta rosa sofrida
O seu único prazer
É ter sempre ao lado seu
Os seus maiores amigos
Que por sorte Deus lhe deu
Enfrentando o sofrimento
Desta mágoa sem remédio
Vive até hoje essa rosa
Que diz seu nome ser Tédio