Manuel
Quantas vezes eu sufoco o choro
Ao ler o que escreves sem valor
Teu amor por mim eu não imploro
E sofro em silêncio a minha dor
Por saber que as outras podem ter
Palavras ternas escritas por ti
E eu fingindo nada disso saber
Leio e faço de conta que não vi.
Elas dizem que te amam sem saber
Que o que tu escreves é em vão
São mulheres solitárias a querer
Apenas um pouco de atenção.
Mas...sabes Manuel o que te digo?
Eu também sou uma mulher carente
E nem por isso faço coisas dessas
De dar confiança a toda a gente.
O que elas te dizem em mensagens
Dizem aos outros que aqui andam
São pessoas à procura de miragens
E é por isso que essas coisas mandam.
De Arlete Anjos
5/8/09