Quem me dera, Carolina, se pudesses agora sentir
O afã das benditas emoções que despertas em mim
São mais lindas que os lindos sonhos de amor que vivi,
E muito mais perfumada que qualquer flor de jasmim.
Quando estavas projetando e rumando o caminho daqui
Já podia perceber o que farias e o que serias no meu jardim,
Pétala orvalhada em tardes primaveris e nas manhãs outonais,
Que nem lírios, lilases ou todas as outras flores ornamentais
Conseguirão traduzir a beleza infinita que trazes no olhar
Como alegres sementes que de tanto me olharem, reluzem sem fim
Todos os lumes do ouro, da prata e dos mais preciosos metais.
Só espero, Carol, Carolina, que as luzes que tens nos teus olhos
Sejam eternos faróis a guiarem os teus passos encantados
A destinos bem mais felizes que os hoje podemos te traçar,
Onde os dias sejam a realização de grandes tarefas de amar
E as noites, pretextos para os sonhos que mais gostares de sonhar.
Vida minha, jóia rara, que este imenso amor que eu sinto agora
Resplandeça por todas as vidas que ainda iremos atravessar
Em chegadas e partidas felizes, pois sempre saberemos voltar.