Soneto livre
No silêncio do meu recôndito
Vivo a esperar e premedito...
Que voltes prá matar minha saudade
Só assim, outra vez terei felicidade
Minha cama continuará vazia
Nos lençóis, seu cheiro me extasia
Sinto-me nua, inteiramente nua...
Faz-me falta o calor desta pele tua
E o abraço que o meu corpo aquecia.
Assim, na ternura dos teus abraços
Entre sussurros e afagos eu dormia
Afrouxaram-se os nossos laços
A despótica distância quedou a euforia
O amor esfriou. Deixou marcantes traços!
Diná Fernandes