Sabe essa sede
Essa sede que me consome
Que me atiça os instintos
Que me devora, me come
Essa sede que me angustia
Por nunca ser saciada
Que chega a me causar espasmos
Por manter minha insanidade privada
Sede infiel, sede covarde
Me perturba, me abala o bom senso
Me usa, me abusa, me invade
Num jogo de frustração intenso
Quero libertar cada fantasia
Me dar e enfim te matar
Sem me importar se é noite ou dia
Simplesmente me entregar
Não te quero me destruindo
Te quero me corrompendo
Perversamente me sucumbindo
Me afogando no mais doce veneno
Porque sou fraca, sou desleal
Sou guiada pelos meus impulsos
Inconsequentemente letal
Desnorteando sempre meus percursos
A chama mais gélida ascendida
Quente e frio, gelo e brasa
Meus batimentos?!Pulsação perdida
Ruídos enquanto o prazer me abraça
Vem me trazendo agonia
Vem me trazendo prazer
Uma confusa e estranha harmonia
Um insulto ao "querer é poder"
E eu quero e sei o que posso
Sei também que não deveria
Mas não resisto, me atrai como um imã
Então me entrego a essa sedenta magia
Minha Sede
Data de publicação:
Sexta-feira, 12 Fevereiro, 2010 - 02:50
- Login ou registre-se para postar comentários