Nostálgico
é o momento
em que me sento na cadeira da memória
e vislumbro os céus
vespertinos de azul
plácido, acizentado,
da manhã que acorda
feita punhal.
O sono logo vem,
desejo de dormir e morrer,
esquecer...
Dores cansadas,
desanimadas da vida,
gritam pelo corpo
que não quer ser vital
e desperdiça,
louco perdido
a invenção do leito vivo
que lhe corre nas veias
e morre no seu pensamento.
18-05-2006 Lídia de Sousa