Disses-te um dia!
Que desconhecias a palavra adeus,
que ela seria pura demagogia,
afastada dos sentimentos teus.
Disses-te que partir!
Jamais seria teu destino,
que esse teu ledo sorrir
jamais esboçarias sombrio.
Disses-te ser nosso o tempo,
a noite, o singelo dia...
Toda a plenitude do firmamento,
a eloquência da fantasia.
Hoje! Finda a noite da loucura...
Não te vejo... Não te ouço.
Fica-me a verdade nua e crua...
Não foste mais do que um esboço.
Uma alegoria...
Uma simples quimera...
Que no sonho se refugia
condenando-me à espera.
À ânsia de um desejo,
ao almejar de um toque...
Ao saborear de um beijo,
ao grito que o ser esforce.
Agora! Aqui sentado...
Só! Como é meu destino,
Vejo quão deslumbrado
errava meu caminho.
Gabriel
Penedono 16/10/09