Querer sair sem te encontrar
É difícil.
Querer fugir sem te olhar
É difícil.
Mentir-te...
É difícil.
Fugir-te, é correr sem pernas,
Sem mãos...
É coxear.
Querer sorrir-te
É difícil.
Sorrir-te sem sorriso
Engasga...
Faz-me penar.
Fica mal
Querer falar-te.
Não tem graça
Correr sem mãos...
É difícil sorrir-te.
Ó vida que destoas
E a toa num rumo de barco incerto,
Dando-me asas para sonhar
E o teu amor imaginar,
Não sou de todo certo
Por te amar
Assim loucamente,
No meu despertar vadio...
Insane e descoberto.
Amar-te é difícil,
E fica sem graça
Não te amar.
É difícil mentir,
É difícil mentir-te...
Paulo Martins