(Des)compromissada com nada,
tudo era diferente, indiferente,
tempo que alegrava a gente, inocente...
A dor que só fazia cócegas...
Dor de barriga, dor de dente,
vontade de ganhar presente...
Roçava fábricas de lágrimas
que debulhavam intermitentes.
(Não contundentes, só aparentes.)
Tornou-se mais aguda, irreverente,
a dor e amor de adolescente...Adoles(sente)!
Que ao mesmo tempo ri e chora...
E a palidez da face, de repente, cora.
Muda a estação, no coração, a toda hora
em desarmonia com as estações lá fora.
Em sintonia com as sensações da alma,
revoada de emoções que aflora e refaz,
guerra de hormônios que não querem paz.
Uma nova fase, que não é da lua,
traz os sentimentos de uma alma nua
e na transparência, busca a essência
de um amor maior, de um amor maduro.
E se a dor vier bater a sua porta...
Nada mais importa! Dane-se o mundo!
O sofrimento é muito mais profundo.
E as fases da lua se fundem, se liquefazem
em lágrimas corrosivas rolando pelas faces.
_Carmen Lúcia_
Comentários
Ann Flor/Carmem Lucia
Carmem mais uma poesia cm exuberança e delicadesa.
As faces são sempre surpresas,hora boas horas ruins.
Mas na vida existem várias faces e desafios.
Bjus FLOR
P/ Anna, florzinha/Carmen Lúcia
Querida, tenho lido seus poemas e notado que está escrevendo cada vez melhor. A que se deve isso, heim?De onde vem tanta inspiração?
Quanto ao seu comentário, sou-lhe imensamente grata por tanto carinho, que, por sinal, é recíproco.
Grande e afetuoso beijo!
Carmen Lúcia