Bate a cancela
Onde o vento
Mais forte
Ruge estridente.
E as vozes
Que se misturam
São as vozes
Do vento.
Ao longe,
A imagem dela
Venta no luar
Sobranceiro e sorridente
Ao vento.
Vem Maria que te espero!
Vem comigo a casa dormir!
Maria vinde solteira
Pois venta o vento forte na eira
E, lá fora já não há quem te queira.
Faz vento Maria,
Na estrada vizinha.
E, o tempo que se avizinha
Assim te fará rainha.
Queira deus eu tomar-te,
Assim como a este vento.
Queira eu assim querer-te,
Assim como a este vento.
Paulo Martins