Há coisas que não se dizem, sentem-se simplesmente.
Coisas que vão para lá daquilo
Que o olhar comum pode alcançar;
Coisas que não se tocam, mas nos tocam;
Que quando os ouvidos procuram,
Desistem, indignos de algo tão belo;
E se o olfacto tentar captá-las,
Esquece a sua verdadeira essência;
Mesmo quando o paladar almeja degustá-las,
Adormece na sua inocência;
Coisas que se revelam algo maior,
Algo que nenhum dos cinco pode sentir
Algo que é amor;
Não se pode exprimir.
Porque amor é sentido,
Na intensidade de um olhar invisível;
No silêncio de um sussurro inaudível;
É algo que podemos tocar, sendo intocável;
É um cheiro tão puro, que não se fareja;
E que um beijo ingénuo vai entregar
A um coração, numa enorme bandeja.
Falam de um sexto sentido:
Usar o coração para amar e sentir-se amado.
Muitos, já não o têm,
Mas todos nasceram com ele.
Se o perderam? Sem dúvida…
Comentários
P/MarioC, de Joaninha
Tenho um poema que começa assim,
«... Há coisas que não se dizem, nem se escrevem
nem se contam....»,
mas sentem-se...
coisas que estão para além do nosso controlo...
sentir com o coração é preciso...
E o amor não tem definição!
Concordo em aboluto quando refere o
sexto sentido... cada vez se perde mais
esta capacidade este dom!
Joaninhavoa
(helenafarias)
07/08/2009
Joaninhavoa