Sem passaporte, confiando na sorte,
meio que se atropelando
entre atropelos vagando,
junte o que pode juntar
e se embrenhe pelo mundo
vasculhando o vazio e o fundo,
indo aquém e além
do que se possa imaginar...
Caminhadas desacertadas;
um ir e vir sem definição,
sem mudanças, mesma direção...
“Mens (in) sana in corpore (in) sano;”
pisando o sagrado, driblando o profano,
finitos e infinitos superando;
sempre viajando,
perdendo-se em labirintos,
achando-se em círculos...
Movimentos cíclicos
que levam ao mesmo lugar
da chegada...ou da partida?
Quem há de saber?Tanto faz!
E nessa roleta-russa
denominada “Vida”,
há o certo e o incerto
e também a sobrevida...
Um jogo de azar,
a bala não vencida,
cartada pré-estabelecida,
vitória favorecida...
Sorte?
Única certeza:
Morte!
(Carmen Lúcia)