Eu tenho tantas pombinhas, juntando todas não tenho mãos suficientes pra segurar... Eu tenho tanto de mim espalhado pelo mundo, sem um lugar fixo. Eu prego tanto a minha liberdade e me sinto bem em oferecer, o problema é que tem gente que não quer liberdade, tem gente que quer sufoco, não suporta solidão. Assim, acabo deixando tantas pombinhas se perderem do meu pombal, mesmo sem ter vontade de que a pomba vá embora, deixo ela partir sem ressentimento. Talvez o tamanho da liberdade que eu ofereça, seja equivalente ao tamanho do sentimento que guardo, porque quero sentir gosto de ser ligada a alguém por meios transcendentais, gosto da ligação de pensamento, de coincidências, coisas do destino... Dos fluxos que se encontram na vida, sem a necessidade de cobranças e pressões. Quero que todo mundo que guardo em mim seja livre, mas que saibam que a todo instante estou pronta para receber quem foi de volta, de braços bem abertos. Mas enquanto às pombas não voltam? Espero, sempre há tempo. E sei que tudo no final da certo, ainda não deu certo? É porque ainda não acabou. Já dizia o Sabino, não sou ninguém pra discutir.