Cansei de escrever versos tristes, mas que minha alma ainda é triste
Cansei de falar de dor, mas minha alma hoje se encontra vazia
O passado misturado ao presente, minhas lágrimas correm sobre a face
Mais fácil dar um sorriso falso ou dizer do que meu peito arde?
Não sei qual meu destino e que missão ei de cumprir
Mas uma nostalgia me permite pensar que hoje posso ser eu
Sem máscaras, sem meios e entremeios
Hoje quero me dar o direito de chorar sem olhares repressores
Porque muito luto, muito corro, mas hoje me deu vontade
De olhar mais atentamente aos fatos que trazem dor
Aos momentos que não quero que se percam
Porque triste estou, não sou, mas hoje estou
E o ser humano sofre por sua sensibilidade de ser pensante
E quando se diz até amanhã pode ser um adeus
E a palavra que cura, fere
E a alma que ama, morre por dentro
Não quero passar meus dias nesta prisão
Talvez uma prisão que eu mesma tenha criado
Uma solução seria esquecer, me transportar para outro lugar
Viver uma nova história
Mas ela está presente demais em meus dias
Para simplesmente esquecer
Hoje quero ser triste e nada mais
Autoria: Fernanda Carneiro