Liberdade
Eu não posso limitar meu eu a pequenos vôos,
Eu preciso ir para além do limite do universo,
até encontrar a liberdade tão sonhada.
E onde ficará a ânsia de voar,
se encontrar somente a liberdade relativa das gaiolas?
Saberei ficar quieto?
Entoarei, todas as manhãs, o mesmo canto melancólico?
Apagarei, em mim, essa transcendental força ansiosa?
Não posso!
Meus vôos podados, meus limites limitados à sombra da tristeza das gaiolas?
Por certo virá uma reação. Longe ouvirei o bater de minhas asas e sentirei minhas mãos apalpando a leveza do ar...
É...
Talvez encontre a liberdade tão sonhada!
(Ivy Portugal)