VENTO DA NOITE
Vento da noite chega como açoite.
Choro, choro.
Dou vazão a minha dor.
É dor de amor.
É dor que parece nosso peito rasgar.
Precisamos chorar, chorar.
Eu que tenho o dom me ponho a versejar.
Falo de um vento que parece me transpassar.
Depois, lentamente tudo se acomoda.
O vento não consegue mais me incomodar.
Já estou noutro lugar.
Num em que a calmaria vem para me aliviar.
Tenho facilidade em me transportar.