MEU NASCER, MEU MORRER
Quando eu nasci chovia.
Torrencialmente.
Foi um nascer diferente.
Talvez eu tenha me tornado poeta naquele instante.
Ou já estava nos meus genes definido.
Quando eu morrer quero ser cremada.
É o meu desejo.
Talvez por ter nascido embaixo de um temporal quero que seja desta forma o meu funeral.
E há outra coisa que quero.
Que minhas cinzas sejam jogadas.
Espalhadas.
Na terra que nasci.
Aí eu direi.
Realizei tanta coisa.
Estive aqui.