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Isolo-me nas arestas do vento
Cruzando opções prioritárias
Incapaz de decidir invejo
O rumo mais certo e divago
Por utopias que me fazem
Deslizar vago e anestesiado
Pela realidade
Que se prontifica de vaidade séria
Exibindo exuberantemente
O meu lado errante
Neste transparente
Concreto do meu sentimento
No extremo de uma balança
De peso injusto e temo
Perder a criança
Que em mim reside amargamente
Resta-me esperar que a intuição
Me convide a continuar
E sobrevoar ao largo
De um oceano de almofadas
Reclamando ás estrelas
O rasto dos deuses que perdi
Nas duvidas de hoje
Para o vasto do amanhã que foge
Numa estranha e misteriosa
Sensação de perder e vencer
Sem lucro a vitória coroada
De experiência que medalha
A minha existência tão sozinha
Entre a multidão anónima
Que se arrasta
Sobre um lençol de urtigas camufladas
Onde apenas o sol
Inspira cantigas de esperança