Eu te amo como quem ama a dor
Eu te amo como se amasse pouco a mim mesma
Porque te amando esqueço de quem sou e do que sou neste mundo
Eu te amo como uma velha história de amor em seus ouvidos
E por mais que o tempo passe e ele passa, torno-me escrava disso
Como se minhas palavras não fossem suficientes
Como se meus braços não conseguissem lhe segurar
Eu te amo como quem ama só
Porque muitas vezes me sinto só
E mesmo que você queira dizer que não
Sua maneira de ser e de agir me faz assim, tão só
Te amando abro mãos de sonhos, de pensamentos e momentos
Te amando me entrego e vejo que somente eu quis suprir
A falta que me faz, a saudade que me arrasa e a ausência de dias
Eu te amo como um amante nas ruas de Veneza
A vaguear por entre poemas e prosas
Por entre uma música e outra a espera do próximo encontro
Eu te amo como aquela suave melodia inesquecível
Como aquela linda paisagem que nunca se apaga
Eu te amo como uma eterna enamorada
E aqui, entre quadros, paredes e mil sentimentos guardados
Ainda espero que o mesmo amor que ora lhe dedico
Seja o amor que queira para sua vida inteira
E seja eu a sua única e eterna amante
Autoria: Fernanda Carneiro