Somos ínfimos pontos de uma imensidão,
Nesse desencontro de universos,
Onde transladam sonhos, barganham versos,
Num transitar perplexo e de abandono.
Buscando seus espaços, almas perdidas
Desfazem-se dos laços, em despedidas,
Anseiam referências, com persistência,
O marco zero da vida, o que inicia... (ou que termina?)
Somos partículas de um todo,
(Ou de um engodo?)
Que atirou a todos em arremesso,
Cada um, nova etiqueta...diversos tamanhos e preços...
E o tributo a ser pago, a revirar ao avesso.
Somos viajantes de um mesmo barco
A tripular pelo oceano, desejos parcos...
Barcos empoeirados, repletos de lama,
A navegar em águas límpidas...
Mas impróprias aos nossos planos.