Olhas para mim.
Um ar gélido paira no ar
Incendiando todos os sentimentos que por ti nutria
Restando apenas a indiferença.
Juntas letras que formam palavras coerentes
E conjuga-las entre si originando frases sem nexo
Que não estou disposta a ouvir.
Silêncio mórbido aquele que se faz sentir…
Não digo nada.
Falo por sinais
Que tu pareces não compreender.
Ou talvez prefiras continuar a fingir não perceber.
As labaredas dos olhares outrora trocados,
Transformam-se em gelo maciço.
Um pouco de ti perdeu-se entre o movimento parado
E pensas ter-te comigo levado
Quando ao longe te vejo a seres iluminado por sombras
Da solidão.
Depois de tudo aquilo por que passei,
Viro-te as costas, sigo caminho
E deixo-te ficar nessa doce ilusão
Da qual não queres acordar.
Castigo-te da pior maneira que podias ser castigado,
Deixando-te a flutuar em memórias
Que erradamente pensas
Comigo partilhar.
Doce Ruptura
Data de publicação:
Quinta-feira, 19 Julho, 2007 - 19:24
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