Quero poetizar borboletando.
Silenciar falando.
Iniciar terminando.
Quero um rumo em mim mesma,
uma resma de flores de papel,
todas as luas do teu céu.
Quero o caminho do meio,
pousar meus medos no teu seio
e me deixar levar pelo que creio.
Quero a complexidade do haicai,
a completude que não se esvai,
esse amor que me atrai.
Quero medir a água do mar,
encher um balde pra nadar,
fazer dessa linha um lar.
Quero uma redação coesa,
teu amor sem luzes acesas,
me prender e não estar presa.
Quero os cantos do teu encanto,
beijar-te em qualquer canto,
te cantar enquanto canto.
Quero essa coisa paradoxal...
o etc e tal...
que te faz mágica e fenomenal.
Karla Bardanza