Poemas

Foto de Marilene Anacleto

Noite

Cansaço do dia,
O sono aí está.
Branquinha
Late, sozinha.
E agitadas,
As corujas a piar.

Será alguém?
Ou um cão
Estranho
Passa pela rua?

Outro silêncio
Só grilos cantam.
E o manto da noite
Prende pássaros
E seu canto,
Até o
Orvalho primeiro
Mostrar-se diamante.

Silêncio.
Memória de amores
Desfila sentimentos
Gosto bom
De amor
Bem feito
Noite de bom proveito.
Boa noite.

Foto de Nailde Barreto

"O conto além do espelho"

O que vemos quando nos olhamos no espelho?
Será que enxergamos quem realmente somos, ou será que conseguimos ver apenas máscaras, com todo seu arsenal de disfarces, que nos mantêm de pé, fazendo frente às aparências.

Então, é plausível essa indagação: afinal, o que há além do espelho?

Existe a fraqueza reprimida;
Existe o amor egoísta;
Existe falsa razão;
Existe cômoda inspiração;
Existe telhado de vidro;
Existe “bordel” requintado de emoção.

De tal modo, somos limitados por regras pré-fixadas por uma sociedade medíocre, “canibal”, e, muitas vezes vivemos de aparência, justamente porque somos influenciados e assustadoramente conduzidos para não ser como realmente somos.
Defronte do gigante espelho, somos marionetes de fácil manipulação, tudo é previsível sem muita emoção, personalidade de mocinho, estrelas ao alcance das mãos.
Além do espelho, somos livres, sem regras, sem culpa, sem medo do perigo, personalidade de bandido, totalmente, fora da lei.
Agora, após esta ligeira introdução, apresentar-lhes-ei, além do espelho no fim de semana.
_ Sábado, prenúncio da extravagância, quatro rodas na estrada, cheia de curvas, acabou o asfalto e, logo adentramos num caminho estreito, de poeira, pontes, árvores e xixi no chão, em meio ao pó do sertão. Costelas de vaca na estrada fizeram o corpo todo dolorir e balançar, já era chegada a hora da pausa para um breve descanso e uma gelada tomar para mais animar.
Seguimos o curso da lua, avistamos enfim, nosso destino, ao som dos grilos que cantavam nos dando boas vindas.
Já à beira do fogão a lenha, conversamos por horas a fio, acompanhados com wisk e gelo, bela combinação para apaziguar o frio e, banho de rio na madrugada clara, fomentou a excitação.
A noite pareceu passar num piscar de olhos. Já eram 05:34 hr (am), quando apagamos na cama, exaustos...
Após acordarmos, logo nos foi dito: “safados”, pensamos em chamar os bombeiros, pois, conforme os sussurros que ouvimos, parecia ser um incêndio, impossível de ser apagado com as mãos.
Engraçado, nem imaginei que algo tão normal fosse causar tanto impacto e repercussão.
Demos as mãos, e fomos apreciar o rio para relaxar e, fechar os olhos para da noite anterior relembrar, pois, breve chegaria o almoço e também a hora de retornar para casa, para a vida defronte o gigante espelho, e, em tempo, ansiosa, para além do espelho, novamente estar.

_escrito em 25/07/11_

Foto de Diario de uma bruxa

Dando vida ao papel

Com tinta e papel
Desenhei o céu
Com nuvens escuras
E os raios de Zeus
Cortando o céu

Tempestade de areia
Surgiu no papel
Eram migalhas do apontador
Que caíram faiscando o vento
Borrando o papel

Desenhei um furacão
Que com apenas um giro
Levou tudo para o céu
Deixou novamente limpo
O simples papel

Nele nada mais havia
Apenas o céu cinzento e sem vida
Peguei varias cores e
Um arco-íris eu desenhei
O céu se abriu e o sol surgiu
Dando vida ao papel.

Poema as Bruxas

Foto de Diario de uma bruxa

Pecado Original

Maças suculentas
colhidas do pomar
Eu trouxe pra você
Prove... Você vai adorar.

Poema as Bruxas

Foto de Moisés Oliveira

Não quero ter

Não quero ter que olhar-te como uma estrela distante, a brilhar no céu,
quero sonhos antigos, vivos em uma folha de papel.

Não quero ter que apagar a chama doce que arde na lembrança,
quero não ter que um dia, perder toda a esperança.

Não quero chorar a fome de quem quer beijar, quero sim,
sentir o corte fundo da forma sincera de amar.

Não quero essa ferida aberta, rasgando o alto do meu peito,
quero não ter que entender o que nem tu sabes direito.

Sempre guardarei comigo a lembrança dessa dor,
para recordar o dia em que, por ti, quase morri de amor.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Tereza

É melhor ser rei no inferno
Do que servir no paraíso
Diriam alguns

A realidade é cortante;
Quero que meu amor seja como rocha
Para suportar o que a flor não resiste

A flor é fraca e tem a vida curta
A flor tem breve beleza
Tem glória passageira

Não me importo com meu destino
Contanto que seja ao seu lado
Reunido em comunhão indivisível
Na incerteza de caminhos e epitáfios

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Canto Inglês

Desfalece
Desce à mansão dos mortos
O último dos portos

Pelo amor que se carece
Usou o muito do talento
Um bem desatento

Morreu como algo que se esquece
Que rende à tantos depois de ti
Ao custo de si

Nesse filme revisitado
Sem o por quê do causar
Foi-se em contemporizar
Em luto anunciado

Foto de KAUE DUARTE

Seus sofrimentos quero pra mim, no amor é assim

Caminhei...
Sem destino no vazio do meu coração
Num desatino só prospera a ilusão
As lágrimas são rotineiras no meu olhar
Sofri com teu pesar
Encontrei...
Inumeras pessoas que me escutaram
Só me ouviram depois se afastaram
Meu coração não expressa as palavras
Mesmo assim persiste as lágrimas
Questionei...
Como posso viver dessa forma
Com desfecho que não me adorna
É incrivel o meu sofrer
Despresível sem mereçer
Encontrei...
No meu choro alguem igual
Minha dor é tão natural
Comunhão de lágrimas percebi
Plantei em mim quando te conheci
Prosseguirei...
Na vida, prantear é consequencia
De quando se ama em inocência
O coração diz mais que a razão
Na minha vida de carencia
Viverei...
Contigo se assim quiseres
Se permitir-se receber meus abraços
Mesmo com o coração em pedaços
Te aceito com suas situações
Suas dificuldades agora são minhas...

Kaue Jessé Duarte 25/07/2011 //*

Foto de Carmen Lúcia

Trégua

Demos uma trégua!
Que cessem os tambores de guerra,
ouçamos os doces acordes de melodias
entre gritos de dor e almas vazias...

Salvemos os sonhos das noites de orgia...
que voltem a pulsar sãos de monotonia.
Brindemos, da vida, as doces lembranças,
as que se revelam num sorriso franco,
ou no olhar intrigante ao velho realejo
que brinca com a sorte de modo fagueiro.

Cacemos palavras inversas em versos
dos quebra-cabeças da vã filosofia...
Mudemos os fatos...
Façamos um pacto com a poesia.

Alcemos nova bandeira num resgate às suas cores
por ora mesclada de branco do lírio e sangue vermelho
a tremular incrédula entre falsos amores e velhos rancores.

Façamos apologia ao novo dia,
vibremos de esperança no amanhã...
Calemos nossas dores, sejamos matizes
a colorir de amor novos tempos felizes.

_ Carmen Lúcia_

Foto de Triste flor

Partidas e voos

“Eu preciso partir para um lugar desconhecido que nunca ninguém entrou...Voar no meu interior, aninhar-me no meu inverso e descobrir o meu universo”

Nunca voei tão profundo nas despedidas que a vida me ofereceu
Um adeus aqui, um nunca mais ali... Um pouso forçado nas saudades e um vôo nos cantos da minha fragilidade.

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