Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de leandro landim

Parei para te esperar

Corri contra o vento
Mas parei para te esperar
Guardei meu sentimento
E não te vi passar;

Construir o futuro
Para te presentear
Mas o presente ainda é um muro
Pelo qual tenho que passar;

Conheci a saudade
Em dias cinzentos
Falei de amor e amizade
A procura de alentos;

Cheguei nesse mundo
Sem pressa para voltar
E na brevidade de um segundo
Em seus braços estar.

Foto de carlosmustang

INDENCES

Estas ai, ai
To louco arranhando a tela
Desejo tocar-te, beijar seu semblante
To ridículo, te homenageando, amando!

Quero tocar seu sorriso, amar-te
Socorro to amando a tela

Quero arranhar você
Ti encher de prazer
Quero venerar sua carne.

Sentir o prazer de lhe sussurrar
Ver-te aqui pra amar

Foto de carlosmustang

RETUMBANTES

Tantas mentiras, sobre o morrinho
De amor, ternura, em sã emoção e desejo
De nunca mais encontrar seus beijos!
E lhe ter tanto, num fel' eterno

Se charfundam nas historias, todos
não passam de medíocres inocentes
Tomando eja quente no inferno
Onde o diabo estiver, tem inteligencia.

Lambuzado na manteiga, sem ferir
Acreditar nas emoções, sentir
Nem duvida de existir!

Vem se nunca acabar
O AMOR por ti, há continuar
Logo arrastar por ti, valerá...

Foto de Arnault L. D.

Memória do tempo

Cada estrela, em memória, me acena
de um céu, que não é mais presente...
O tempo à este imenso infinito
perdeu... Para cada luz pequena.
Que vem dizer: Estou a sua frente,
existo, aos teus olhos habito...

Está aqui, nítida no agora.
Mesmo que a ciência diga finda,
ela no céu, ornando a visão,
aqui nós dois, na mesma hora.
Ela tão linda, ela é ainda,
a minha estrela e não ilusão.

A mesma nesta noite viceja
presa aos olhos, prova-se na imagem.
E a madrugada se torna insana,
se tento negar que o visto não esteja,
ou se pregar como uma miragem...
Se penso existo; então tudo se engana...

Estrelas são as memórias do céu,
que o tempo não alcança, a apagar.
Então, a lembrança vence o tempo.
Meu céu tem mil estrelas em papel,
outras, larguei ao ar, põe-se a brilhar,
luzindo vivas, a despeito ao tempo.

Foto de Rosamares da Maia

O Presente do Silêncio

O Presente do Silêncio

Maravilhoso presente é este silêncio.
Muda transparência que reedita pensamentos,
Devolvendo-me imagens tuas, sem ruídos,
Tão limpas e claras que consigo ver-te a alma.
Capturo e posso sentir cada um dos teus gestos,
Afagos antigos devolvendo a ilusão do teu afeto.
O brilho do teu olhar, a tua ansiedade contida.
Mesmo o improvável aroma da loção em tua pele,
Perfuma meus sonhos e a realidade deste silêncio.
E sinto o quanto esta tua ausência me é essencial,
Quando o pranto soluça alto preenchendo o quarto,
Rompe o silêncio como um frágil cristal quebrando.
Perde-se o precioso presente desta minha solidão.
De mim te ausentas e de ti me perco para sempre.

Rosamares da Maia
30.08.2004.

Foto de carlosmustang

GANGNAM!

Em todas terras, me encantei...
E pra encantar, reencantei!
E cada vez a superficialidade
E beleza?

Amor belo, de arrancar sentimento
Em desejar, a exposição do desejo
Poder de evoluir no amor
Transformando em flor

Observando a beleza de existir
Paladares a se fazer, e vir
Bela eminencia de sentir

Se sentimentos de emoção, amor
Dar-se ao ti ouvir!
Ver-te bem, até EVOLUIR...

Foto de Laís Rangel27

Jardim das Sombras

Pareço perdida, perdida em meus proprios medo. Sonhando com o dia em que me encontrarei com meu interior, sonhando com o dia em que palavras não magoaram.
A noite cai e com ela seu manto sombrio, adormece o meu corpo, e os dias ja não tem cor, me vejo em frente a um abismo profundo e sombrio, tento me encontrar no silêncio desse jardim de sombras.
Preciso de um caminho, um lugar onde eu possa me encontrar com meus maiores anseios e encotrar o meu olhar que vaga perdido em meio a tanta solidão.
Não quero mais voltar, não quero mais pensar nem ouvir o que me faz mal, me seinto perdida sem amor, vazia como um jardim sem flores, meu mundo agora é cinza e o que fazer?
Não há solução, e o caminho está deserto e frio, a solidão grita e ecoa em meu caminho.

Foto de Belinha Sweet Girl

Dois Lados

Ela diz um tímido “bom dia”,
Ele oferece café,
Ela aceita e senta-se à sua frente,
Ele a olha fixamente.

Ele tenta conversar,
Ela se nega.
Ele a faz rir,
E ela se entrega.

Ela gosta de rock,
Ele também.
E tudo que ela diz,
Ele responde “amém”.

Ela não quer se apaixonar,
Ele não quer que ela se apaixone.
Ela gosta dele de longe,
Ele gosta dela desde o nome.

Ela gosta de como ele a respeita,
Ele gosta de como ela o beija.
Ela se sente amada com ele,
Ele se sente satisfeito com ela.

Ela quer desistir, pois é perigoso.
Ele não quer que ela desista.
Ela no fundo acha “gostoso”,
Mas ele não quer ser realista.

Ela chora, não consegue resistir,
Ele se sente culpado.
Ela conta pra ele como se sente,
Ele a procura em seu quarto.

É físico, é carnal, é pecaminoso.
O que eles têm é algo que parece errado.
Eles vivem uma paixão enrustida,
Um caso de amor proibido.

Algo sem compromissos com sentimentos,
Sem a certeza do amanhã dormindo juntos.
Ele sem coragem pra acordar desse sonho,
Ela com medo de que se torne um pesadelo.

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

Foto de carlosmustang

ME SEE MY OWN IMAGE

Me conter por ti aproximar
Sentir seu cheiro,e me oprimir
Delirar por ti, existir
Admirar por estas aqui!

Em ondas do manejo
Nem viver com seus beijos
O frio me abastece, eterno!
Alimenta meu olhar! Com Poder

Revirando todo tempo
Mascarei-ti em outras faces
Ficou bom com o tempo, Ti Amar!

Se outro ti protege, amado será
Que a augura do seu sorrir
Me descame de Amar-ti, até o fim.

Páginas

Subscrever Poemas Inéditos para Colectâneas

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma