Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de Marilene Anacleto

Abraço

Meu coração se parte
Ao perceber-te distante
Meu coração é tristeza
Ao contatar-te alheio.

A alma em pesadelo
O sorriso que não veio.

Não quero a vivência do abraço
Do coração pego a laço.

Quero a alegria que contempla
No abraço a vida plena
Quero o abraço de leão
Em que ambos ouçam o coração.

Marilene Anacleto

Foto de Jessik Vlinder

Fazer Amor ou Sexo?

Sexo é pele. É SÓ pele. É a pura troca de prazer, uma troca de sincronias na composição de uma só com o intuito - senão único, principal - de sentir prazer, o auge do prazer! É uma delícia... uma loucura... uma festa...
Fazer amor... ah, fazer amor é tudo isso só que muito mais gostoso porque envolve os olhos... e olhos dizem tudo. Porque envolve sentimentos verdadeiros e um desejo que vai além do carnal. Porque se sente por fora e se sente por dentro. É um deleite... uma magia... um casamento...

Foto de Diario de uma bruxa

Beijo roubado

Roubou-me um beijo
O quero de volta
Roubado não é dado
É meu! Devolva-me agora!

Pegou-me desprevenida
No susto me roubou
Agora vou ficar atrevida
Roubar-te-ei então

Se quiseres me devolver
Devolva-me então
Mas o beijo que eu lhe roubei
Eu não devolvo não.

Poema as Bruxas

Foto de raziasantos

Vazio!

VAZIO
Vivo em meu vazio sempre sozinho.
Quando começo a caminhar que estou preste á encontrar-me,
Percebo que estou em um labirinto.
De volta ao passado.
Volto ao nada e neste nada, nada possuo.
Caminho, entre as nuvens, levada pelo vento.
Vento que sopra o nada...
O vazio e as noites escondem o meu futuro.
Não vivo o presente, nem vejo o futuro:
Só o passado, me pertence, pois tornaste minha alma doente!
Sou prisioneira do meu eu.
Hoje percebo que sou apenas um sonho!
Que por toda minha vida, não me deixa acordar!
Estou entre o nada neste vazio que me consome.
Tão somente só que nem os cânticos dos pássaros
Posso ouvir mais.
É tão presente o meu vazio que mal me vejo.
Então me encolho em um canto qualquer:
Para não ver meu fim.
Por toda vida tentei me encontrar.
Em todos os seres orvalhados,
Em cada rosto, em cada sorriso...
Entre as rosas e seus espinhos...
Nas montanhas, nos vales, só nunca tive coragem
De me procurar dentro de mim!
Em cada ser tentei-me identificar...
Tudo inútil sempre no mesmo lugar!
Vejo-me inerte neste canto sem lagrimas pra chorar!

Foto de Elias Akhenaton

O poeta é um lavrador

“O poeta é um lavrador,
Cultivando sonhos, sentimentos,
Emoções,
Lavrando o solo fértil
Do seu coração.
A cada dia planta uma nova semente,
Nasce uma flor, uma poesia
Do seu divino labor.”

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Elias Akhenaton

O silêncio

“O silencio é uma taça sagrada
Existente em nosso interior
De onde bebemos o vinho
Santo dos Deuses.
É um momento de introspecção
Onde nos conectamos
Com o divino.”

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Jessik Vlinder

O Destino do Desprezado Amor

Eu poderia sufocar-te de tanto amor
Fazer as mais belas e apaixonadas declarações
Escrever quilométricas cartas apaixonadas
Compor em minutos lindas canções

Eu poderia gravar teu nome no Everest
Entrar na cova dos leões e sair pulando
Assaltar bancos e ameaçar os federais
Ir do Oiapoque ao Chuí andando

Mas o que fazer com tanto amor
Se ele bate a porta e não é recebido
Se ele dança e pinta e não recebe elogios
Se grita desesperado mas não é ouvido?

E sem destino meu amor endereçado
Agora vaga perdido em qualquer rua
Desprezado, frustrado e sem pudor
Ele me olha e chorando me vê nua...

Foto de Marilene Anacleto

Lugarejo de Poesia

Montanhas na cercania
Cuidadas com sabedoria,
Não há nenhuma moradia.
O mar povoado de poesia,
Areias em calmaria,
Ondas dançam em euforia.
Em momentos de monotonia
Surge grande sinergia,
Fortalece a cantoria.
No silêncio, em harmonia,
A antiga alma fria
Encontra sua poesia.
Nas árvores da cercania,
Nas aves, na ave-maria,
Nas ondas em calmaria.
Quem pensou que ficaria
Naquela tristeza vazia
Errou! Aconteceu a alquimia.
O amigo que sempre via
Cercou-me da alegria
Do amor que ali surgia.
Com tamanha alegoria,
Toda e qualquer energia
Transformou-me em poesia.

Marilene Anacleto
Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm

Foto de Marilene Anacleto

Lacustre Joalheria

A centelha divina transpassa a brisa viva,
Levando o perfume da rosa cor-de-rosa
À lua, que a ilumina.

O lago, ao refletir a láurea cena
Joalheria se faz, no presente plenilúnio.

Marilene Anacleto

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Pequeno Ditador

Era uma era, onde não havia vez. Nesse tempo vivia um pequeno ditador, cujo nome só podia ser entendido na sua própria língua, e esse pequeno ditador massacrava seu povo, e esse pequeno ditador promovia orgias com as riquezas acumuladas por meio da sua opressão. Num lugar esquecido pelo resto do mundo, ele, figura exótica, de nada lembrava as caricaturas chaplinianas do cinema ocidental. Era o fragelo da era, há meio século no poder. Quase um imortal.

Mas acontece que ele não era imortal. Certo dia, após uma entrevista para uma televisão estrangeira, o pequeno ditador teve de esperar a chegada de seu motorista oficial. Logo ele, o pequeno ditador, tendo que esperar! Não costumava ter um minuto de sossego, com bajuladores indo e vindo. Mandou todos para longe da sua presença e, aborrecido, pôs-se à meditar solitariamente na solidão de seu poder.

Teve a idéia de rezar. Não soube bem explicar à si mesmo a causa. Não precisava de mais nada. Viu-se na obrigação de orar por proteção divina, mas com tantos seguranças, e um exército à disposição, não tinha tanto o que pedir. No seu país era mais poderoso que Deus. Sua palavra era o que apontava a salvação e determinava a morte.

Mas, que poder era esse, poder de bombardear a própria pátria; de destruir sonhos de mães, filhos, irmãos; de arrasar um deserto, vejam só, um deserto, tornar a vida impossível num lugar que já é árido; prender aqueles que tanto sofrem pela liberdade, ao ponto de viver num lugar onde ninguém mais poderia para preservá-la.

O Pequeno Ditador, como um Narciso que lambe a própria imagem, curvou-se hipócritamente diante de seu superior imediato, e implorou brandamente a piedade de seu universo. Por um momento se envergonhou. Por um momento foi humano, em se titubear. Por um momento acreditou que o mundo é bom, mas as pessoas são egoístas e o estragam por besteiras. Um instante que revelou toda a sua vida.

Mas foi somente um instante. Alguém bate forte à porta. Será o motorista? Tomara? Ou não, será o inesperado, pedindo a passagem do imponderado...?

Nesses tempos nada é tão improvável.

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