Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de Felipe Ricardo

Um Soneto Qualquer, Para Brindar a Estrela que Morre

Vejo agora o triste e perfeito final
Que a muito escrevi em minhas
Loucas falacias de um universo
Onde as velha estrelas descem

Do magnifico céu que assim fiz
Mas hoje uma morre, hoje uma
Finda sua cina e paga suas dividas
Com aquele que sempre a acolheu

Durma em paz amada estrela
Durma no véu da noite que assim
Teci com os teus lindo fios dourados

Mas agora tu tens que parti e dar a vida
A outras que logo virão para fazer viva
A louca engrenagem do meu universo [...]

Foto de Arnault L. D.

Mas não direi

Talvez, noutra vida,
talvez, noutra encarnação,
talvez, noutra estação...
Que não seja final de outono,
que não tenha o abandono,
folhas mortas no chão

É certo que é crime,
ou será um pecado?
Não estar ao seu lado.
Sei que está tudo errado,
a estrada a bifurcar
para longe a lhe levar
e o amor, mutilado,
a se desperdiçar.

Não devia ser, então.
Não devia ser assim,
você longe de mim.
Como o certo deu errado?
virar sonho acabado,
dilacerado...
Mas, não direi que é o …

Foto de Nailde Barreto

"Miopia do amor"

Miopia do Amor.

Hoje, observei o raiar do sol,
E, por um instante, parei.
Pensei na incerteza do futuro,
Pensei na indecisão do presente,
Pensei no caos que é a dúvida da emoção,
Então, por que tenho que viver aqui,
Figurante em meio a tanta encenação?
Enquanto os canais lacrimais insistiam em gotejar,
Revelando o intrínseco desejo
Do coração que apenas quer o amor reverenciar.
Preciso de direção,
Para encontrar o caminho, ainda turvo
E desenganar os meus olhos,
Que ainda teimam em vendar-se com ilusão.
Vendar-se-á? Vendar-se-ia?
Por migalhas de amor,
Pura ilusão de ótica, miopia!

_ escrito em 27/06/11_

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"SESSENTA ANOS"

“SESSENTA ANOS”

Diferentemente da maioria das pessoas...
Estou feliz pela proximidade dos fatos...
Sei que talvez para a maioria não seja uma idade boa...
Mas para mim é uma barato!!!

Não sinto tanta diferença...
De dez ou vinte anos atrás...
Sei que não sou mais uma criança...
Mas velho eu não sou, jamais!!!

Vou levar este menino...
Que insiste em mim habitar...
Até o limite do caminho...
Que apenas eu tem que trilhar!!!

Em todas as decisões...
Que sou obrigado a optar...
Pergunto ao meu coração...
Qual delas que devo tomar!!!

Sim ao coração...
Pois minha razão é insensata...
Esquece da emoção...
Dela ninguém escapa!!!

Sessenta anos...
Será uma alegria poder vive-lo...
Comemorarei por muitos anos...
Até os setenta sucede-lo!!!

Foto de Arnault L. D.

A dama a quem devoto

Olha só, teu campeão ferido,
trôpego de lutas e em farrapos.
Esperando só te ver sorrindo,
armadura, arruinada, em trapos...

Sou assim, um cavaleiro errante,
a defesa da honra da dama,
mas, se encontra o bravo tão distante,
que apenas ele ainda a ama.

Mesmo assim, o apaixonado enfrenta,
justa inglória e duelos tantos...
No ostracismo, as vezes desalenta,
mas não rende-se, é como os santos.

A donzela, nele nem mais pensa,
mas a ela, zela a jura que fez.
A lágrima que cai e mais densa,
que todo sangue que ver-te em sua tez.

Sou o teu cavaleiro em pedaços,
a manter-me a ti fiel e nobre,
magro e marcado pelos aços,
Se me veres, vês somente um pobre...

Mas deixa assim pensar, a ignorar.
Cala em si, em segredo quem era,
segue sendo tal desconhecido...
Mas feliz, pois seu riso fizera.

Sou assim, teu campeão ferido,
a tombar por teu reino grandioso,
por amor, findo e não sou rendido
se morrer... Jardim farei viçoso.

Pois, meu corpo será ainda teu...
Para ti, fará a terra fecunda,
ao verde e à relva trarei apogeu,
grama fina, que a teus pés se afunda.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MINHAS ARMAS"

“MINHAS ARMAS”

Do que me adiantaria a palavra...
Se dela não fizesse uso...
Do que me adiantaria a revolta...
Se não a usasse contra os injustos!!!

Em uma breve analogia...
Em um raciocínio tacanho...
Me deparei com a triste ironia...
Estamos vivendo dias medonhos!!!

Onde nossos escolhidos nos apunhalam pelas costas...
Onde nossos lideres dilapidam nosso patrimônio...
E nós não lhes damos nem respostas...
Somos uns verdadeiros idiotas anônimos!!!

Diria eu que somos tremendamente irresponsáveis...
Nos furtamos diante dos compromissos...
Os elegemos por nossa própria falta de integridade...
Somos mentirosos, somos omissos!!!

Hoje nossa soberania esta ameaçada...
E a grande culpa é tão somente do povo...
Este povo que vive somente de futebol e cachaça...
Com a esperança de um Brasil novo!!!

Este Brasil novo não virá...
Talvez venha algo nada muito agradável...
Pois do jeito que a coisa esta...
Nosso final vai ser bastante deplorável!!!

A democracia a meu ver...
É a forma que mais se isenta das responsabilidades...
Pois aconteça o que acontecer...
Ninguém vai para traz das grades!!!

Pobre povo descompromissado...
Prefere colocar a culpa nos políticos...
Este mesmo povo desajustado...
Que hoje vive dias críticos!!!

Mas estamos passando apenas o que nos cabe passar...
Pois com a nossa falta de engajamento...
Permitimos que nos deixem manipular...
Em prol dos deprimentes acontecimentos!!!

Assim é o nosso País...
Liderado e manipulado por criminosos...
Não é bem o que o povo quis...
Mas é o que merecemos por sermos preguiçosos!!!

Para uma sociedade ser justa...
É necessário que seu povo tenha no coração justiça...
Que viva e se dedique a causa publica...
Como se fora sua própria vida!!!

Foto de von buchman

Poema para um anjo.... ( homenagem ao bebê Lara Valentina )

Freu lein

Anjo....
Benção de Deus....
Fruto de um eterno amar...

Linda e bela....
Como uma flor que vem
a desabrochar...

O resplandecer da primavera...
O cantarolar de um rouxinol...
Deusa da paz.....

Mimo sem preço...
Doce e meiga
como o néctar do amor...

Um belo anjo que veio
colorir e encher de amor
um lindo lar...

És a pura maravilha de um
mui gostoso querer
e de um eterno amar...

Que mais posso dizer ?
me faltam doces palavras
para falar desta dádiva de Deus...

Com meu eterno carinho e admiração
Para este anjo e sua linda família
Luciana e Rodrigo ...

Do Tio Von Buchman

Foto de nuzy

Inexplicável sentimento

Não sei nada sei
Sinto apenas sinto
Um nó na garganta
Desejo quebrar o silencio
Silencio deste tormento
Que agoniza meu coração
Mas a dúvida, a insegurança, o receio...
Mobiliza meu desejo
Então vence mais uma vez o silencio sufocante
As palavras fogem, fica apenas esta sensação...
Tão estranha
Lagrimas então inundam meus olhos
Minha garganta arranha
Meu coração mergulha nas lagrimas
Da minha alma
Não sei nada sei...
Atualmente não sei se vivo ou apenas existo...
Ser feliz é viver sofrendo ou felicidade é apenas utopia?
Amor, sentimento prático ou teórico?
Expresso por atitudes ou apenas nas entrelinhas de uma bela poesia?
Não sei ou finjo que não...
Apenas para abrandar esta angústia irritante
Por te amar e não saber se sou amada...
Por não ter coragem de falar-te
Por medo de estragar nossa amizade

Foto de betimartins

Poeta desconhecido.

Poema que estás por aqui escrito
Perdido entre grupos e páginas
Alguns te lêem e acham-te belo
Outros apenas mais um poema...

Nestes versos delicados e sentidos
A tua alma não está aqui, apenas
Para ser avaliada em um poema
Nem muito menos na sua rima...

Não crio palavras ilusórias, apenas
Para te agradar e receber elogio
Nem quero saber da qualidade
Mas sim no sentir do teu coração...

Lembrai-vos do Luis Vaz de Camões
Que apenas ficou imortal, depois de morto
Quanta dor abrasou o seu pobre coração
Nos seus versos de amor eterno, escritos...

Por isso eu amo ler um poema, adoro
Que não tenha leituras algumas, solitárias
Nem mesmo um simples comentário, nada
Eu o leio e fico arrepiada, tinha alma...

Vi o sentimento do poeta, desconhecido
Aquele que nunca é lido e nem lembrado
Nas delicadas páginas deste meu poema
Eu te aplaudo poeta pela tua bela obra.

Foto de betimartins

Se tu um dia, não me encontrares.

Se um dia tu não já me encontrares
Vejas que eu já parti para outra margem
Não vertas lágrimas algumas por mim
Apenas aplaudas a vida que eu vivi...

Mesmo os erros que eu tenha vivido
Aplaude não me critiques, por favor!
Foram eles que doeram até a alma
Mas que fizeram crescer e ser mulher...

Mesmo que este corpo já cansado
Outrora dono de pele macia, imaculada
De tons rosados e saudáveis, jovem
Recorda-me assim jovem e bonita...

Lembras da flor da açucena? Bela!
Imaculadamente pura jovem e viçosa
Que desabrochou do dia para a noite
Nos teus braços, repletos de beijos molhados...

Entre promessas de amor, provas e confidencias
Eu vou para a outra margem no barco sombrio
Onde a morte apenas é uma passagem da vida
E os meus pecados os remos do pesado barco...

Lembra-te amor, aquela ida ao cinema? Risos! Lembras?
Daqueles filmes de crianças, junto, com a nossa menina?
Recorda esse olhar que eu tive contigo, agradecendo-te
Por aqueles momentos mágicos, cheios de amor e partilha...

Lembra-te meu amor de meu cheiro, das minhas risadas
Lembra-te dos meus cozinhados, das piadas, das loucuras
Lembra-te dos meus poemas, das minhas cartas para ti
Pois é apenas isso que ficará aqui, as tuas memórias...

Não importa para onde eu vou, apenas que eu vivo em ti
Não importa que meu pó a terra volte é a lei da vida
Nem mesmo que meu corpo sirva de adubo aos campos
Onde os passarinhos irão encontrar a sua comida...

Apenas! Quando tu vires o sol se pôr e a noite vier
A brisa apenas resfriar o teu rosto. Sou eu, meu amor!
Que te venho dar, o meu beijo da despedida. Meu amor
Não me lamentes! Apenas guarda-me no teu coração...

Páginas

Subscrever Poemas Inéditos para Colectâneas

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma