Poemas Inéditos para Colectâneas

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Só os belos podem amar

“Pouco importa, formosa Daliana,
Que fugindo de ouvir me, o fuso tomes;
Se quanto mais me afliges, e consomes,
Tanto te adoro mais, bela serrana.

Ou já fujas do abrigo da cabana,
Ou sobre os altos montes mais te assomes,
Faremos imortais os nossos nomes,
Eu por ser firme, tu por ser tirana.

Um obséquio, que foi de amor rendido,
Bem pode ser, pastora, desprezado;
Mas nunca se verá desvanecido:

Sim, que para lisonja do cuidado,
Testemunhas serão de meu gemido
Este monte, este vale, aquele prado.”

- Soneto IX (Cláudio Manuel da Costa)

Eu tento e invento de não amar
De ignorar o preço, em vida e verso
De transformar o bem em algo perverso
E assim me modificar

Persisto a cada dia em ludibriar
Esse mentir que melancólico desconverso
Esse lugar da qual a paz sempre disperso
Para não ter que aventurar

Se só os belos podem, logo eclodem
Ruídos de insatisfação
Dos âmagos que se recolhem

Em abafar a força e a feição
Em apagar as manchas, se recordem
Que amor de fato vem sem permissão

Foto de Hanilto josé Da Silva

VINHO DE CANAÃ

Soberbo amor
debulhando o trigo,
a massa do pão na
carícia do amanhã
embriaguez do vinho
de canaã,navalha na carne.

Que retalha,dor que agasalha
que convence o amor e o amor
vence.

Amor vencido comovido
entregue acolhido,é sangue
que corre nas veias,palpitar
que campeia o instante em
um só momento que treme
ternura de ambas criaturas,
bocas que procura.

É inferno de carinho
de braços abraçados
mutilados,em contos
de alegres risos desse
céu tão preciso.

Sol de lilas esplendor
num mundo de amor,
tocante com amarelo berrante
rosadas faces de murmúrios
amantes.

Cálida rosa
de ébrio furor
pétalas em sonhos
alada agônia fecundada
em susurros de uma bela poesia.

É a lei do amor
na nossas mãos
de juiz,nossa
setença é ser
feliz.

Hanilto 18 08 2011

Foto de Arnault L. D.

Infinitude

Eu ainda te amo,
como eu mesmo disse,
sem pensar em mais nada,
é seu nome que chamo.
Queria que ouvisse
o quanto és amada,
meu peito se abrisse...

Eu te amo assim,
desta forma indulgente,
tendo sempre uma flor,
o que mais caber de mim,
nas palavras que sente,
quando sexo, faz-se amor,
sem haver o indecente...

Ainda é você e só,
a causa e o efeito,
a nascente das coisas.
A prima nota, o Dó,
o acorde perfeito
a soar que me oiças,
o que guardo no peito.

Eu te amo sem freios,
de olhos fechados dançar,
a beira do abismo que for...
Sem conhecer receios.
Por nós, vou lá estar.
Mesmo que venha a dor;
eu ainda irei te amar.

Foto de ushihaxandre

MAU AMOR

O mau amor corroe e machuca Sangra e nos derruba
Tira-nos o chão e nos deixa sem ação
Mata a esperança e estraçalha a paixão
O mau amor dói destrói, e pra esse mau não ha super herói
Não há remédio nem intermédio
Só incompreensão e a maldita tentação
O ser e o não ser é querer e não poder
O meu mau amor é você!!!!

ALEXANDRE FERNANDES

Foto de Joaninhavoa

Uma flor

*
Um poema
*

«A estrada da vida
tem árvores e campos
tem urze na terra
cravada no chão e cheiros
das minhas mãos
A estrada da vida
tem sol e luz
e energia qu`entrenha
nas veias e sangreia
em cada um de nós
como algo qu`anseia
a vida inteira
Uma flor! Um poema».

Joaninhavoa
(helenafarias)
18/08/2011

Foto de Diario de uma bruxa

Ultima chance

Desperta coração
Olhe a sua volta
Àh vida ao seu redor

Ouça sua intuição
De chances ao desconhecido
Abra as portas... O deixe entrar

O amor nos reservas surpresas
Emoções únicas
Não as deixes passar

Pois esta pode ser sua ultima chance
De realmente conhecer o sentimento
Amar.

Poema as Bruxas

Foto de Swiftwind

Pensei

Pensar em ti, pensei...
Como quem presta atenção
E é vencido por si mesmo.
Como um pensar infinito
Que zela por um fim.
Como o que morre
Mas vive sendo,
Filosofia sem resposta,
Espelho sem reflexo,
Ideia sem contexto.
Como quem observa o céu,
Azul, limpo de lágrimas,
De rostos do passado.
Como quem deu tudo
E tudo ficou de lado,
Perdido, espalhado,
Por circos e teatros
De aparência e ilusão.
Como quem prova a arte
Com os olhos cerrados,
De costas para o vento,
De mãos fechadas
E pés calçados.
Como quem dá sentido
Ao teu significado.
Razão de um picotado
Que não podemos evitar
Sem querer estragar.
Como quem pensa rasurar
As palavras dos livros
Que pretende esquecer.
Como quem quer tudo,
Numa vontade cega
De não voltar perder.

- De Micael Correia
16, Agosto de 2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Brasil?

Brasil:
Qual o seu nome
E a sua idade?

Qual a sua cara, Brasil?
De onde você vem?

Você tem filhos, Brasil?
Tem sonhos
Aspirações
Metas a conquistar?

Qual a sua verdade, Brasil?
Qual sua mentira?

Qual sua cor
Sua religião
Seus gostos e virtudes
Situação e opinião?

Você é bom, Brasil
Ou é mau?
O que tem a me dizer de Oswald de Andrade
E todos os seus artistas?

Brasil, qual a sua profissão?
Você é um poeta
E nos seus versos contém as respostas
Do que pergunto?
Você é ladrão, Brasil, é puta?
É auxiliar de escritório
Ou auxiliar de necrópsia?

Diz aí qual é que é a tua, Brasil?
Qual é sua marca?

Você é homem ou mulher, Brasil?
É bicha?
É maconheiro?

Você é seu povo
Sua visão romântica
Seu julgamento realista?

Você é sério, Brasil
Ou piadista?

Você é rico, Brasil
Terra de ouro, mata e mar
Imersa na miséria?

Você já achou uma justificativa, Brasil
Desculpa ou coisa parecida?

Você é lindo, Brasil?
Afinal, você é amoral
Ou imoral?

Você tem regras, Brasil
É apenas para profissionais?

Me diz, Brasil
Se te amo ou te deixo
Se me calo ou me queixo?

Se você quiser eu te ajudo.

Foto de Joaninhavoa

Cafuné

*
funé
*

Vem me fazer cafuné
funé... funé...
com esse jeito que tu tem

Depois pega minh`as mão
esfrega elas de roldão
vira d`prosaico em girão
grita fundo sei não

E então gira os fusível armados
como velas de combate
em arame farpado
E algemado grita de vez
sei não se o arame está ligado

Vem me fazer cafuné
funé... funé...
com esse jeito que tu tem
ligado ou desligado

Joaninhavoa
(helenafarias)
2011/08/16

Foto de Arnault L. D.

Abstrata ( Onde quero estar )

Longe, em lugar distante,
além do tempo,
antes da história,
aquém da memoria.
Intimo momento
que se houvera a via,
haveria...

Não, não sei se me entendo,
nem mesmo se pretendo
saber se é verdade,
esta felicidade,
que se apresenta,
ou o que se inventa
no sonho que chega
e se aconchega...

Deste longe, desde quando,
nos errares onde ando,
sequer movem os pés...
Entrelinhas, de viés.
Sem estar quem me és,
vago ora onde mora
o que foi embora.
Torno do pó.
Não mais só.

Léo, dum lugar incerto,
alem do esquecer, querer,
um passo daqui, ou aqui,
por todos os lugares.
Das entranhas e ares...
Do fundo mais profundo,
das aguas do mundo.
Sob, indo ao mar,
ao céu desaguar,
onde quero estar...

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