5º concurso

Foto de Carmen Lúcia

Nas voltas do mundo...

Num ponto qualquer
Estarei a esperar...
Que as voltas do mundo
Façam te encontrar
Em qual tempo vieres
Quando tu bem quiseres
Seja em qual estação
Faça o frio que fizer
Me cobrirei de emoção...
Se as chuvas chegarem
Bem antes de ti,
As deixarei regarem
Esse meu coração
Me farei florir...
Me permitirei sorrir
Pra que me vejas assim
Quando chegares pra mim...

Num ponto qualquer
Sei que meu amor está...
Girando com o mundo
Vindo me encontrar,
Eu sinto, pressinto,
Que numa das voltas
Das tantas que o mundo dá
Irás me levar,
Pra contigo ficar!

Foto de Dirceu Marcelino

VÓZ DE ANJO

Hei! A voz de um Anjo tu já ouviste?
Como poderia! Sou um imperfeito.
Procuro-a! E minha vontade persiste.
Tentar ouvi-la e antes já me deleito,

Com minha própria vontade que insiste
Em sentir nos cantos das ruas que espreito,
O som que ouço, sem que meu olho aviste.
Mas já me torno muito satisfeito.

Sei que é resplandecente e existe,
Algo com que não estamos muito afeito,
Por ser uma vibração que preexiste,

Gera dúvidas, receio e preconceito.
Certamente, imperceptível, ao descrente,
De coração impregnado de despeito.

Foto de Carmen Lúcia

As três lágrimas...

Eu chorei...
Não pude controlar a emoção,
Era o esplendor, a vida, a dança,
Eram teus dedos dedilhando ao piano,
Eram meus pés valsando nossos planos.

Eu chorei...
Deixei extravasar o meu amor,
Na flor marcada por um beijo meu,
Que te ofertei e me ofertei...que se perdeu...

Eu chorei...
Quando valsava e vi a mesma flor
Que não trazia mais nenhum frescor
Sobre um piano que não era teu,
Que não tocava mais nossa canção
Que ainda ouvia o meu coração.

Foto de Sonia Delsin

O MAIS PURO AMOR

O MAIS PURO AMOR

Eu te entreguei flores colhidas nas manhãs...
Te entreguei assim com o mais puro amor.
Não pensei que haveria no meu caminho tamanha dor.
Eu te entreguei meus dias.
Meus risos, minhas alegrias.
E lágrimas correram.
Chorei por ti um tempo inteiro.
Era o tempo de cachoeira, de desaguar.
Meu coração parecia que ia arrebentar.
Que tempo duro aquele, era o um tempo de matar!
Aos poucos tudo tinha que se acabar.
Só que ainda não deixo de recordar...
Ficou lá no fundo de meu peito uma feridinha e ela de vez em quando se põe a sangrar.

Foto de Sonia Delsin

LONGO CAMINHO

LONGO CAMINHO

Se eu pensasse sete vezes, sete vezes sete.
Se eu contasse até dez.
Recomeçasse.
Recontasse.
Entrei num impasse.
Me vi virando barcas.
Esvaziando rios.
Me vi espancando sebes.
Vento errante da madrugada.
Me vi espaço, estrelas, lua...
Me vi nua.
Me vi a correr na rua...
Me vi a entrar num bar.
Me vi a beber sem parar...
Me vi despencar.
Tudo num imaginar.
Era a vontade que eu tinha de ver o mundo acabar.
Mas o sol surpreendeu meu olhar.
Passei a enxergar.
Outros olhos sempre podemos ganhar.
A dor da desilusão não era maior que todo o meu amar.
Um amar a vida que me deu forças para continuar.

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

QUERO APENAS AMAR

QUERO APENAS AMAR

Quero amar apenas esse amor libertino,
Sem pensar no tempo nem nas conseqüências.
Marcas de batom,
Mordidas e arranhões,
Esconder por baixo de polidas camadas
De auto controle.
Como luvas de látex,
Mordaças e focinheiras,
Que serão instrumentos de fetiche
Nas nossas horas de loucuras.

Quero apenas amar esse amor bandido.
Sem sábados nem domingos,
Sem feriados nem dias santos.
Que aparece no fim da tarde
E some no início da noite,
Porque o jantar esta na mesa
E o Jornal Nacional já vai começar.

Quero apenas amar esse amor vulgar.
E na vulgaridade ser apenas mais uma
Que norteia seu leme no caminho do seu deleite.
E entre puxões de cabelo e afagos delicados,
Vocifera que mulher apaixonada não se contraria
E morde-lhe o lábio num beijo apaixonado.

Quero apenas amar esse amor inominável.
Sem rótulos, nem bulas, nem credos, nem medos.
Nem meios, nem fim, nem começo do fim.
Quando tiver que acabar...
Acabou e pronto!
Sem choro nem vela,
Nem pensar no depois.

Hoje eu quero apenas amar...
Amar esse amor viajante,
Que no momento passeia pelo meu leito,
Mas que mantém seu barco atracado
Em outro cais que não é o meu.

Nada importa...
Quero apenas amar...

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

MEU GRITO DE PRAZER

MEU GRITO DE PRAZER

Fiquei em silêncio
Porque não tinha mais o que falar.
Todas as palavras me secaram a boca,
Em meio aos sussurros e gemidos
Proferidos em nossas loucuras e prazeres.

Nada mais tinha a dizer.
Meu silêncio tudo dizia.
Minhas mãos que passeavam pelo teu corpo,
Liam braile na tua pele
E em libras falavam o quanto
Estavam adorando aquele momento especial:
O toque do meu corpo no teu corpo.

O silêncio gritou mais alto.
E no escândalo que meus olhos faziam,
Súplices a te implorar amor,
Tu só ouvias as batidas do meu coração
Que, em tuas mãos,
Estava a gritar mais alto ainda...
Vem...
Vem...
Vem...
Ame-me...
Ame-me...
Ame-me...

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

AINDA TE SINTO EM MIM

AINDA TE SINTO EM MIM

Sua boca ainda esta na minha
E ainda sinto seu gosto no meu paladar.
Teu cheiro não abandona minhas narinas,
Fazendo-me flutuar.
Teus pêlos ainda sinto entre meus dedos,
Tua respiração é música aos meus ouvidos
E tuas mãos nos meus seios ainda estão.
Meus sentidos ainda estão entorpecidos
E meu desejo se confunde com seu desejo.
A minha vontade é a sua vontade.
Antes da noite findar,
Enquanto a lua no céu bailar,
Ainda vou querer te amar.

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

VÁ SEM OLHAR PARA TRÁS

VÁ SEM OLHAR PARA TRÁS

Vá!
Te deixo ir.
Deixo livres seus caminhos,
Sei que precisas dele para vagar e livremente respirar.

Vá agora!
Não retardes sua ida,
Vá antes que eu me arrependa
E, me humilhando,
Te peça pra ficar.

Mas vá com a certeza de que poderá um dia voltar.

Aqui encontrará sempre um porto amigo,
Nos braços abertos que sempre estarão a te esperar.

Vá!
Siga em frente...
Não olhes para trás.
Quero que guarde na memória apenas o meu sorriso,
Não quero que a última imagem que vejas
Seja de minhas lágrimas que caem por ti.

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

CARTINHA PARA O PAPAI NOEL

Cartinha pra Papai Noel
“Prezado Papai Noel,

Há muito tempo que eu não acredito em você, mas se você puder me conceder um pedido ficarei muito grata e satisfeita.
Hoje quando acordei, fiquei na cama lembrando o que fiz até hoje.
Sei que não fui uma boa menina. Menti, fui gulosa, preguiçosa e outras coisas mais, mas na balança da vida também fiz coisas boas. Afinal, ninguém é de todo mal nem de todo bom
Pensando nisso...
Queria muito te pedir um presentinho:
Que na noite de Natal, entrando pela janela, porque não tenho chaminé, o senhor possa trazer pra mim o presente que tanto sonho:
O meu amor, bem embrulhadinho com papel glacê e um lindo laço vermelho.
Não sei se estou pedindo demais, mas espero que o senhor possa me conceder esse favor. Afinal... Até hoje estou esperando a bicicleta que o senhor esqueceu no trenó, quando eu tinha 5 anos, portanto esta em dívida comigo a 33 anos.
Ah! Se não for pedir demais, dá pra ter uma paradinha com as guerras para que as crianças possam brincar em paz, pelo menos por um dia?
Valeu meu Bom Velhinho!
Se eu receber meu presentinho, fico te devendo uma!!!
Beijinhos”

Natal sem você

Natal sem você
É rabanada sem perfume
É família sem algazarra
É criança sem Papai Noel

Natal sem você
É não ver a esperança que nasceu em Cristo
É não ter o coração cheio de fé
É não saber perdoar

Natal sem você
É uma dor doída de se ter
É não querer ouvir os sinos
É não querer abraços

Natal sem você
É a maior solidão do mundo
Por isso, vou escrever uma cartinha ao Bom Velhinho
Pedindo um presente: Você!

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